quinta-feira, 14 de agosto de 2008

O castelo era belo e majestoso, com sua fachada um tanto sombria. As altas torres diante do rio vigiavam sua entrada e, ao lado, a água despencava muitos metros abaixo. O lado oposto ao rio estava infestado de árvores que cresciam até rente às paredes e trepadeiras que se agarravam à úmida parede cheia de limo. Silencioso e estranho.
Os garotos e o Elfo entraram por seus portões livres. Alguns elfos apareceram e os trataram como se já fossem dali. Subiram por uma escada longa e tortuosa, e foram parar em um vasto Salão onde casais de Elfos dançavam estranhamente ao som de música lenta e enfadonha, se moviam tão lentamente que pareciam bonecos.
Quando a música cessou os visitantes e o Elfo foram anunciados e a linda Elfa Miréia a herdeira do trono, os convidou para o jantar. Era tudo tão estranho quanto uma armadilha de canibais. O outro salão tinha uma grande mesa quase pronta. Elfos domésticos, estes bastante conhecidos pelos garotos a preparavam para o jantar. Os convidados se comportavam como meio zumbis.
Poucos falavam, mal puderam saber daquela elfa que mastigava tanto e tinha um risinho demente. Era a condessa. Um Elfo doméstico torto comandava os demais Elfos domésticos que ali se apresentavam. Os garotos mais tarde perceberam que a condessa era estúpida e irracional. A todo momento dava ordem a grito e, a seguir, se contrariava incoerentemente. Uma pequena elfa doméstica trouxe um prato, e de repente a condessa deu um forte murro na mesa.
- Quem mandou trazer pato agora? Sua estúpida! - Ela levantou e continuou gritando. - Tragam porco! Quero porco!
Um convidado baixinho e atarracado não parava de dar risinho dos gritos da condessa. Os garotos estavm assustados. Pouco depois a condessa derrubou a bandeja doutra elfa doméstica e a expulsou do salão. Elinor sentiu um pouco de medo.
Após o jantar os convidados novamente se dirigiram ao salão e Miréia levou os bruxinhos para uma enorme sala com a aparência de um escritório. Eles se sentaram e a Linda Elfa de Cabelos encaracolados cuja franja era branca como a neve e restante do cabelo amarelo-ouro graciosamente começou a falar-lhes.
- É uma honra tê-los em minha casa!
- A honra é nossa princesa! - Disse cassius encantado com tal beleza.
- Rainha, sou rainha. - o garoto enrubeceu. - Soube que vocês trazem o espírito que libertará nossa terra das mãos de Aion.
- É verdade mas não sabemos como ao certo faremos isto.
- Pois vieram ao lugar certo. Eu sei como ajudá-los.
- Até que enfim. - ponderou David
- A fonte da libertação fica além de Towllon o vale das sombras. Vocês devem partir imediatamente pois este vale só é visto a noite. Para atravessá-lo é preciso coragem e ousadia, além de muito cuidado, pois é nele que existem as piores criaturas.
- Que tipo de Criaturas? - Perguntou Diego aflito
- Vampiros, Lobisomens, Inferis, Quimeras, Basiliscos enfim, é o lugar mais perigoso de Monocerus.
- Por Merlin, não tem outro caminho? - disse David.
- Sinto muito mas não há. Lamento não poder ajudá-los nesta busca e pesso desculpas também pela condessa que se portou mal no nosso jantar.
- É melhor irmos então. - disse Cassius se levantando e sendo seguido pelos outros.
- Sim é melhor irem, mas não irão sozinhos, Vetstah irá acompanhá-los até a fonte, para que possa trazer os espíritos a salvo para Elgart.
- Obrigado. - os garotos disseram e sairam junto ao Elfo em direção ao vale das sombras.