As bruxas estavam decididas a andar mais pela cidade, se perderem mais, o que era quase impossível para Sophia, conhecer as ruelinhas, enfim, fazer aquela visita sem compromissos, quase informal.
Claro, tinham alguns lugares que queriam muito visitar, algumas sugestões da Sophia, mas a idéia principal era ir até a Torre Eiffel. O resto do dia iria acontecer…
-Sofi vamos pegar um ônibus, meus pés estão ficando inchados. Além do mais, quero andar de ônibus e não de metro para ver a cidade passando por mim!
-Concordo! O ponto é logo ali. Olha o ônibus tah vindo...
-Dá sinal horas!
-Como se faz isso?
-Acena para o onibus com a mão Sofi, assim ôh. - Disse Amanda acenando para o Ônibus.
Subiram no ônibus e foram até a Bastilha, de lá saíram andando com destino ao Centro Pompidou. Pegaram a rue St-Antoine e, tropeçaram com aquela que para Sophia é a praça mais "xuxuzinha" de Paris, a Place des Voges. Ela fica escondida entre predinhos, é um lugar bem sussegado e cheio de lojas, cafés e restaurantes prontos para serem explorados! Resistiram à tentação de passar o dia sentadas por ali e continuaram na St-Antoine, até ela se transformar na famosa rue de Rivoli. De repente uma linda construção surgiu à esquerda das bruxas e Amanda não conseguia imaginar o que era (tinha decidido só pegar o mapa em casos de extrema necessidade).
Mas foi só dar alguns (vários) passos a mais e chegar à frente desse magnífico prédio paraque Sophia lmbrasse seu nome: Hôtel de Ville.
Animadas elas seguiram continuando o passeio e relembrando os velhos tempos.
-A última vez que vim aqui eu tinha o quê? 15 anos?
-Sim Amanda... Foi magnífico.
-Eu não me lembro de ter visto nada do que vimos hoje.
-É, estavamos preocupados de mais em lutar com comensais da Morte.
-E você presa em um buraca naquele jardim misterioso.
-Nem fala. - Gostosamente as duas riam.
Chegaram ao Centro Pompidou, com intenção de finalmente conhecer esse famoso espaço por dentro. Mas o horário já estava apertado e ela s ainda queriam ver a Torre Eiffel naquele dia. Passeio adiado!
Voltaram a caminhar paralelamente ao Sena até chegar a um dos lugares que mais intrigou Amanda em Paris: o Forum et Jardin des Halles.
Essa construção moderna que destoa da imagem que muito têm de Paris a encantou demais. Aquelas linhas deixaram-na de queixo caído por bastante tempo, ainda mais quando contrastadas com as (também belas) linhas antigas da Igreja de São Eustáquio.
-Que canto privilegiado da cidade! - Foi o que conseguiu dizer.
-Amanda estavamos tão distraídas que pegamos o ônibus na direção errada veja só onde estamos novamente.
-Puxa o Museu do Louvre. - As duas se olharam e gargalharam feito tralhas em plena rua. Os trouxas se esquivavam delas resmungando palavras em Francês que Amanda não conhecia e sophia não fez questão de traduzir. Passado o momento do rizo elas perceberam que teriam que pegar outro onibus se quisessem mesmo ver a Torre, e já estavam bastante cançadas.
Muito bravas com a falta de atenção de Ambas, pegaram um onibus (desta vez o certo) até o Trocadero a fim de esquecer a burrice que cometeram. Desceram e enfim deram de cara com a Torre Eiffel. Apressadas as duas se colocaram a correr feito duas adolescentes e no momento seguinte as duas se chocaram com uma mulher de cabelos curtos e muito pretos, e as três caíram estatelados no chão atraindo toda a atenção da multidão de trouxas presentes ali.
-Excusa-me! J'étais distrait ne vous ai pas aperçus passer! (Perdão! Eu estava distraída não vi vocês passarem!) - Disse a mulher que rapidamente se levantou e ajudou as outras duas a se levantarem também.
-La faute a été nôtre, courions et… (A culpa foi nossa, estávamos correndo e...) - Sophia apressou-se a responder mas sufocou suas palavras quando olhou nos olhos esmeralda da moça.
Amanda vendo a expressão de Sophia olhou para a moça e percebeu o por que a amiga tinha parado de falar.
-Você? Não é possível? Como? Que demais. - E abraçou a moça que retribuiu o abraço mas parecia não ter reconhecido nenhuma das duas.
Naquele momento uma mulher carregando uma sacola cheia de miniaturas da Torre Eiffel parou junto delas. Era uma mulher mais alta que as três de pele tão pálida quanto um cadáver, com cabelos longos e vestido idem, cuja ponta parecia grandes tentáculos de uma lula.
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