sexta-feira, 27 de março de 2009

Hey now!


O sol estava mesmo de rachar. O dia que começou meio nublado, com ares de chuva, de repente abriu-se num céu azul e num sol de brilho radiante. Diego olhava pela janela da mansão dos Fleurs para a rua, e lá estavam todos aqueles bruxos, pouco ligando para o sol, para a possibilidade de chuva, ou o que quer que fosse que as condições climáticas as reservasse. Todas aquelas pessoas aguardavam a abertura dos portões do estádio "carinhosamente" conhecido como "Prince". Cerca de 40 minutos depois do horário previsto, abriram-se os portões. Sem muita tensão ou correria, pouco a pouco aquelas pessoas foram ingressando no estádio, preenchendo os espaços, acomodando-se nos lugares a elas destinados que mais lhes agradava.

Os que primeiro chegaram, que aguardaram na fila para pegar um bom lugar e agora aguardavam sentados sob a grama, tinham cerca de cinco horas de espera até o grande momento. O primeiro espetáculo dos Obliviadores em Paris.

Para um "show de pop-rock bruxo" e pela fila que se formou muito antes da abertura dos portões, poderia se esperar uma multidão de bruxos adolescentes impacientes e sedentos de uma aproximação calorosa até o palco. Diego dava graças por ser convidado especial e ter lugar garantido na área vip, podendo assim chegar poucos minutos antes do show começar.

A espera foi longa e, por um bom tempo, mais bruxos foram chegando silenciosamente e em grupos bem pequenos, o que mantinha a serenidade e o clima de "Redenção aos domingos", um mero encontro com os amigos no parque. A noite veio e grupos maiores foram chegando e tentando apoderar-se dos "melhores lugares", o que pressionou o pessoal a ir levantando acampamento e ir se organizando nas tradicionais "fileiras" a partir da "grade" (ah! a tão sonhada grade - a melhor posição para curtir um bom espetáculo). Os "burburinhos" dos "amigos no parque" transformaram-se em falatório em alto e bom som. Ouviam-se gargalhadas e exclamações. De repente, todos começavam a gritar juntos "ô da caixa, aqui!", ou "áaaaaguaaaaaaa". E lá vinha o atendente passando com a caixa velha de isopor em cima do ombro, abrindo caminho em meio a multidão para atender ao chamado. A caixa vinha pingando, nem as fitas adesivas que tentavam conter a água dentro dela resistiam a tanta pressão. Ele passava quase arrastando as pessoas, mas ninguém ligava, afinal "era preciso".

Quase nove horas da noite, já estavam todos devidamente enfileirados, voltados para o palco, rostos aflitos espremiam-se para ver o que se passava, já não estavam mais conseguindo esconder a ansiedade. Nove horas em ponto a banda de abertura sobre ao palco. As Esquisitonas, cujo vocalista estava vestido com um vestido florido, pede licença e inicia o seu show. Não se podia distinguir se o nervosismo na voz experiente de "Myron Wagtail" devia-se as falhas de som, à responsabilidade de abrir um show daquele porte, se seria por ele estar ciente das tamanhas críticas que a sua banda havia recebido por ser a escolhida para aquela tarefa, ou se simplesmente ele estava também ansioso por aquele show, tão esperado.

Diego, Sophia, Natalie, David, Amanda, Sr. e Sra Fleurs chegaram pouco depois das Esquisitonas começarem o show de abertura, e muito animados assumiram seus lugares. Cerca de 30 minutos depois de entrar no palco, Myron agradeceu ao público e brincou dizendo: "Ficamos por aqui, também queremos assistir a esse show de uma vez!". O público realmente pensava isso: "Que viesse logo os Obliviadores", para que aquela sensação de impossibilidade fosse logo embora e pudessem ver "Deeh Summer", "Sam Buck" e "Luc Mills" em suas performances ao vivo.

As Esquisitonas (Diego ainda não entendia por que um bando de homens usava vestido para tocar Rock) se retiraram e imediatamente uma multidão de técnicos invadiu o palco para a troca dos equipamentos. A aflição no público foi notável. Alguns grupos já ensaiavam em coros algumas das canções da banda, outros apenas pediam pelo espetáculo. Muitos estavam apenas esperando, pendurados na grade, já sentindo a pressão da massa atrás deles, e tudo o que eles conseguiam pensar era no momento em que a banda subiria no palco e apresentaria o seu repertório.

Natalie ficou maravilhada com a popularidade de um grupo de origem Norueguesa na França, e queria muito conhecer a vocalista que era amiga de Diego, e se a banda fosse mesmo boa, o que já não havia dúvidas, pela quantidade de bruxos ali presentes, ela pediria um autógrafo para os integrantes.

Dez horas da noite, os Obliviadores sobem ao palco e a empolgante "Chuva de Bruxaria" abre o tão esperado show. Fogos filibusteiros eram atirados para o ar e letras se formavam a cada explosão logo as frases eram concluidas: "boa noite" comunicava ao público: "os Obliviadores estão aqui"!

Assim que a banda terminou a primeira canção, Débora ainda com bastante folêgo deu alguns passos para a frente e com um sorrizo radiante começou a falar:

-Boa noite Pariiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiissssssssssssss!!!! É uma satisfação enorme estarmos aqui, agradescemos a todos vocês que são o motivo de estarmos aqui.

Após vivas e mais fogos filibusteiros eles começaram efetivamente o espetáculo mais grandioso que Diego já assistira.
Natalie ficou encantada com tudo, e a última música cantada pela banda não saia de sua cabeça.

-Hey now

(Preste atenção agora)

Hey now

(Preste atenção agora)

Have you ever seen such a beautiful night?

(Você já viu uma noite tão linda?)

I could almost kiss the stars for shining so bright

(Eu quase poderia beijar as estrelas por brilharem tanto)

When I see you smiling I go

(Quando eu te vejo sorrir e eu faço)

Oh, oh, oh

(Oh, oh, oh)

I would never want to miss this

(Eu nunca vou querer perder isso)

'cause in my heart I know what this is

(Porque no meu coração eu sei o que é isso)

Hey now

(Preste atenção agora)

Hey now

(Preste atenção agora)

This is what dreams are made of

(É disso que os sonhos são feitos)

Hey now

(Preste atenção agora)

Hey now

(Preste atenção agora)

This is what dreams are made of

(É disso que os sonhos são feitos)

I've got somewhere I belong

(Eu tenho um lugar a pertencer)

I've got somebody to love

(Eu tenho alguém para amar)

This is what dreams are made of

(É disso que os sonhos são feitos)

Have you ever wondered what life is about?

(Você já se perguntou qual é o sentido da vida?)

You could search the world and never figure it out

(Você poderia procurar no mundo e nunca achar)

You don't have to sail all the oceans

(Você não precisa velejar em todos os oceanos)

No, no, no

(Não, Não, Não)

Happiness is no mystery and

(A felicidade não é um mistério e)

Here now it's you and me

(Agora estamos só eu e você)

Open your eyes

(Abra seus olhos)

This is what dreams are made of

(É disso que os sonhos são feitos)

Shout to the sky

(Grite para o céu)

This is what dreams are made of

(É disso que os sonhos são feitos)

Then I see you smiling I go

(Quando eu te vejo sorrir e eu faço)

Oh, oh, oh

(Oh, oh, oh)

Yesterday my life was duller

(Ontem minha vida era triste)

Now everything's technicolor

(Agora tudo é super colorido)

Hey now

(Preste atenção agora)

Hey now

(Preste atenção agora)

Hey now

(Preste atenção agora)

This is what dreams

(É disso que os sonhos)

This is what dreams are made of

(É disso que os sonhos são feitos)


Duas horas depois do início do show, a banda despediu-se e o Ministro e seus amigos, em meio a multidão, foram cantarolando "Hey now" pela rua até encontrar a limosine que os levaria para casa.

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Olá trouxas e bruxos! Como estão? Espero que bem, eu estou ótimo! Mais uma fic... Quero comentários!!! Só vou postar mais se tiver comentários... Já estou com a próxima pronta, só esperando alguns comentários!
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Music: What dreams are made of - Hilary Duff