sexta-feira, 12 de setembro de 2008

L'amour est un oiseau rebelle

Foi como se um balde de água fria o tivese acertado, com desconcerto, Cassius acordou, procurando o motivo de ter acordado tão bruscamente. Encontrou uma distraída menina de cabelos pretos.

_Elinor!!! Por que isso? Não seria mais fácil me chamar, ao invés de me estuporar?

_Ah, Cassius, não foi nada... Você que não aguenta um estuporamentozinho... E para... eu acho mais fácil a pessoa acordar assim... Tá vendo... você tá acordadinho...

_Ah, Eli, me dá paz né... Porquê você me acordou? Tá cedo ainda...

_Engano seu Sr. Gray, está mais do que na hora... De ensaiarmos para o baile, esqueceu?

_Hã?

_Isso mesmo... Meu vestido ficou pronto... Será que seria bom se eu usasse as pantufas no dia?

_Quê, pantufas? Eli, num meio de baile de gala, você vai usar pantufas???

_São melhores para flutuar... Aliás anda logo, que todos os meninos já desceram...

_Ah, para de me puxar Eli, Isso dói, além do mais, eu já sei dançar, viu... Me larga...

Por um momento, Elinor enfraqueceu suas defesas e caiu encima de Cassius em cheio, ficando cara á cara, olho á olho e... boca á boca... Os olhares foram mudando, o cabelo de Cassius já envergonhadamente rosa, as bocas se aproximando, as mãos de Cah na cintura de Eli, O início de um beijo... Elinor saiu em disparada, como se fugisse de algum bandido, e correu mais que suas pernas permitiam. Enquanto isso, Cassius dizia á si mesmo coisas imperceptíveis á ouvidos atentos.

_Como dizem os franceses... L'amour est un oiseau rebelle... O amor é um passaro rebelde... Quando menos se espera, pimba! Ele aparece, e quanto menos se espera, Pei... Ele já se foi...

Elinor estava raivosa, havia virado o tornozelo, pensando que isso não teria acontecido se estivesse com suas pantufas... Se vingaria... breve breve se vingaria... Cassius... você me paga!

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L'amour est un Oiseau Rebelle (traduzido do Francês)

O amor é um pássaro rebelde
Que ninguém pode prender,
Não adianta chamá-lo
Pois só vem quando quer.
Não adiantam ameaças ou súplicas,
Um fala bem, o outro cala-se
É o outro que prefiro,
Não disse nada, mas agrada-me.
O amor é filho da boêmia,
Que nunca, nunca conheceu qualquer lei;
Se não me amares, eu te amarei;
Se eu te amar, toma cuidado!
O pássaro que julgavas surpreender
Bateu asas e voou
O amor está longe, podes esperá-lo
Já não o esperas, aí está ele,
À tua volta, depressa, depressa,
Ele vem, ele vai, depois volta,
Julgas tê-lo apanhado, ele te escapa;
Julgas que te fugiu, ele agarra-te.
O amor é filho da boêmia,
Que nunca conheceu qualquer lei.
Se não me amares, eu te amarei;
Se eu te amar, toma cuidado!