quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Bolsa de gato e poder das pantufas

- NÃÃÃÃÃÃOOOOO!!!!! – Um tenebroso grito percorreu o palácio dos Gray
- Qual é, Eli! Você não pode ficar deitada pra sempre! – Débora disse, tentando tirar a garota da cama
- Posso sim! – Ela berrou, se agarrando na cabeçeira
- Nós temos que ir comprar os trajes para a festa! Vai fazer essa desfeita para a irmã do Cassius? – Amanda perguntou, a puxando pela perna
- Eu nem conheço ela! – A sonserina replicou
- E vai fazer essa disfeita pra mim? – Luiza perguntou
- Depende. Você faz questão de que eu use vestido?
- Faço sim. – Luiza respondeu
- Então eu não vou! – Elinor berrou
Eli ouviu as garotas cochichando sobre alguma coisa, mas não ligou.
De repente, sentiu mãos cruéis agarrarem sua cintura e começerem a fazer cócegas nela.
- Ahahahahah!! Para! Para! PAAAARAAAA!!!! – Por fim, soltou-se da cama e foi puxada por dois pares de mãos agéis em prontidão.
- Ok, quem foi que teve essa idéia diabólica? – Perguntou Elinor
- Não importa! – Luiza sorriu – Agora temos que ir. Já!
Eli se levantou e abriu a mochila, e encontrou algo que não esperava que estivesse lá. Uma bolsa em forma e tamanho da cabeça de um gato negro, de um olhar perdido e sonolento. A garota puxou o ziper revelando um pequeno kit de costura, com agulhas, linhas e um livrinho com pontos.
- Quanto tempo temos antes da festa da Morgana e a sua, Lu? – Ela perguntou, com o interesse focado na bolsa
- Acho que mais alguns dias. – Respondeu Amanda - Por que?
- Tem tecidos aqui?
- Não sei. – Débora deu de ombros – Porque tantas perguntas, Eli?
- Se tiver eu não vou precisar comprar um vestido... – Ela disse
- Está pensando em fazer um? – Amanda perguntou olhando o conteúdo da bolsa, e Elinor assentiu
- Não sabia que você gostava disso, Eli. – Luiza disse
- E não gosto... – Ela sorriu – Mas minha avó me obrigou a aprender e... Bem, agora vai ser útil.
- Se o seu vestido ficar bonito, vou querer um pra mim! – Luiza disse
- Mas eu nunca imaginei que você não gostasse de vestidos... – Deborah comentou, se balançando nos calcanhares.
- Nem eu. – Amanda meneou a cabeça – Eu acho vestidos muito bonitos!
- Eu também, mas eles não são práticos! – Elinor disse, abrindo o livrinho e retomando as aulas de ponto cruz – Quer dizer, se um ladrão te assaltar, não tem como você dar uma voadora na cara dele...
- Eeeeh, acho que não... – Deborah disse desconcertada. Foi um comentário infeliz de Elinor.
- Vou ver se eu acho um tecido. O mordomo é o Linnie ou o Vinnie? Bem, perguntarei ao Cah...
Saiu do quarto alegre e saltitante como uma lesma, dizendo a si mesma: “Viu só no que dá falar demais, tentar ser engraçada? Agora elas devem achar que eu sou uma maluca, ou sei lá! Costurar... Cara, isso é tão brega! Bem, mas eu não vou usar salto alto! Essa... Invenção masculina cruel para dificultar a fuga das mulheres e... Eu não sou normal mesmo, né?”
Eli suspirou e concluiu, por fim: “Bem, eu devo ser uma doida... Mas e daí?”
Ela ergueu o punho para o céu e disse:
- Poder das Pantufas!
"Ah, me internem, por favor..."
E voltou a procurar tecidos para o novo vestido. Estranhamente, já tinha um projeto na cabeça...
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Eeeeeh... Eu não gostei muito da fic, mas eu precisava deixar as coisas a respeito do meu vestido bem claras...