terça-feira, 26 de maio de 2009

Monotonia - Utopia, Festas...

Cassius não sabia direito o que estava fazendo naquele terno preto já antigo, o mesmo que usara no seu noivado. Os últimos dias foram conturbadas, com ameaças, intrigas entre Lauren e Elinor, e tentativas quase insucedíveis de ser pacífico com os velhos amigos. Avaliando os pesos, essa visita também teve seus prós... O rapaz não se lembrava como era gargalhar de verdade para si mesmo há um bom tempo até ver Lauren ridiculamente vestida de melancia para um possível show.
"Ela disse que queria prender a atenção do público, seria muito pesado dançar com uma pendurada no pescoço ou na cabeça"- Explicou-se Elinor do ridículo. O mais hilário em toda a situação era que Lauren parecia estar amando os conselhos de Elinor, apesar de ser completamente chata e mandona, e Elinor no seu lugar, se irritava mais fácil, expunha cada vez mais Lauren a escândalos e parecia estar aproveitando da situação.Isso fazia com que Cassius se sentisse vivo de novo.
Não havia se encontrado com Lauren ou Elinor há um bom tempo, e enquanto se preparava, imaginava aonde deveriam estar metidas as duas. Queria uma festa sóbria, principalmente por causa de Lauren e outros trouxas que estariam presentes. Deu um último toque com a varinha e se preparou para descer. A festa já estava acontecendo, e pessoas importantes compareciam no salão, sua irmã, o cunhado e o sobrinho conseguiram vir, e pessoas que estudaram com eles e jornalistas, muitos convidados pela própria Lauren, também estariam lá.
Abriu a porta do seu quarto e se encaminhou para as escadas, tentando se acalmar no ritmo da música soft (Havia contratado uma banda especializada para a ocasião). Todos estariam lá, Diego e Sophia, Amanda e David, que haviam convocado repórteres do Profeta Diário, Luiza, Lauren, Elinor, Os Potters, os Weasleys, a irritante Jana Feubor e o Semanário das Bruxas, Natalie Adams, Débora, os Thomas, os Longbottom, entre outros. Havia decidido em uma festa elegante em homenagem aos velhos tempos em Hogwarts, mas não sabia se era aquilo mesmo que queria. Quando desceu as escadas, todos os olhos não estavam recaídos á ele, mas sim á um aglomerado, aonde parecia ser uma mistura de tapete vermelho e estúdio de fotografia. Ouviu um grito agudo de lá, e percebeu a cena mais ridícula e insana em tempos. Sua irmã Morgana, Elinor, Débora posavam para fotos com Lauren, vestida nada menos do que como uma... bruxa!



Elinor havia ido longe demais! Depois de todo o esforço para manter uma festa sóbria, sem suspeitas justamente para Lauren, e os outros poucos trouxas presentes, ver a própria noiva famosa vestida de bruxa, uma bruxa bem espalhafatosa, chega a ser frustrante.
_Baby! Vem aqui! Vamos tirar fotos, vai pra primeira página dessa revista esquisita, o Seminário das...
_Oh, que surpresa, querida, o Semanário das Lux'as? Onde só há mulheres lux'uosas? - Cassius deu um dos seus risinhos falsos - Não, obrigado meu bem, mas acho que eles já tem material suficiente, não é, Srta. Feubor?
_Receio que não, M. Cassius, seria perfeito se você tirasse uma com sua noiva.
_Acho que não... Fui bem claro com isso, não fui, Jana?
_Ok, ok... Bom, as fotos ficaram bem... vivas.
Uma coisa que deixaria qualquer um de cabelos em pé, é a risada de Jana Feubor, era daquele tipo das bruxas de filmes infantil.
_Obrigado, querida... Quando sair a revista, me ligue... Lauren Rainstorm, Lady LaLa¹ para os íntimos, mas isso você já sabe.
_Sabe sim querida... Elinor, eu poderia conversar com você sobre aquelas provas de antigamente?
_Provas?
_É, aquelas provas!
_Ah, tudo bem...
_Um minuto Elinor, eu vou ter uma conversinha com meu irmão primeiro, se importa?
_Nem um pouco, Morgan.
_Lauren?
_Vai lá, Mo Mo!
Morgana e Cassius se encaminharam para a porta, enquanto acenavam com a cabeça para os convidados. O jardim hoje estava bem cuidado, como nos velhos tempos, e uma estátua de quatro vultos femininos que havia se erguido depois do incidente do medalhão, se tornava mais visível. Subiram as escadas da torre de observação, a mais alta da mansão.
_Aqui está bom...
_Mo Mo?
_É... Parece que Lauren gosta de repetição monossilábica, Mo Mo, LaLa, CaCá.. devia saber...
_Ah, não, Lauren não me chama assim, e se chamasse, convenhamos, isso não seria digno para um primeiro ministro.
_Bom, considerando que ela pensa que você é um trouxa desempregado que herdou a herança dos pais, e que Feubor faria de tudo para ouvir isso da boca dela, eu não duvido...
_Mas isso não vem ao caso... Queria falar comigo?
_Sim, queria saber o que você vai falar com Elinor...
_É tão importante assim?
_Depende da sua resposta.
_Bom, isso implica a mim e a ela, então acho que não há muito a se preocupar, dona Morgana Ambrósio Bellamont, Morgan ou Lady Mo Mo para os íntimos...
_Engraçadinho... Tudo bem, mas quando é que você vai contar á ela?
_O quê?
_Contar...
_Você fala, de tudo?
_Isso...
_Não sei, talvez depois do casamento...
_Bom, cuidado... Um raio pode doer muito, uma chuva de raios² então...
_Eu ficarei atento, prometo...
_Eu espero mesmo, está no sangue né, maninho?
_Ui,ma soeur³...
Cassius esperou até Elinor chegar, e enfim, a mesma chegou em passadas leves...
_Você está louca?!
_Ah, confesso que o trabalho em excesso e alguns outros pesos estão me deixando maluca...
_Você sabe muito bem do que eu estou falando, Night...
_Eu?! Você que me chamou aqui por conta dessas tais provas, e agora você fala essas coisas e tem que fazer sentido?
_Você... Você transformou a Lauren naquela... naquela coisa lá só pra acabar comigo não é?
_Opa, você pensa assim?
_Ué, eu estou enganado, ou Lauren tem outra estilista?
_Não...
_Então trate de se explicar, pois essas briguinhas e intrigas ao meu redor foi muito longe... No que você está pensando? Há fotógrafos trouxas aqui, a Lauren é muito... Muito comunicativa, se eles desconfiarem de alguma coisa por causa daquela roupa ridícula...
_Opa! Então é isso... Você está todo nervosinho por causa da roupa de Lauren? Ah, qual é, você se acha não?
_Como assim, claro que não (sim)!
_Você acha que eu escolhi o figurino da noite pra Lauren? Tudo pra cima de mim, você me ama, hein?
_É, você tá doida mesmo, eu NÃO te amo (sim). Que isso fique bem claro.
_Bom, o que tem que ficar claro aqui é que eu sou estilista de Lauren para os shows e eventos próximos, e nada do que eu fiz tem a ver com isso de hoje.
_Com certeza, e quem mais iria vestir Lauren em uma temática tão... Coincidente?
_Olha aqui... Lauren só se vestiu assim hoje á noite por que ela ouviu de alguém a palavra BRUXA ontem, aí teve a grande idéia do que ia vestir, queria que eu ficasse distante dela até ela estiver pronta... Eu fiquei tão estupefata como todos daqui.
_Co-como? (Ah, por Merlin, o que eu fiz?)
_Isso mesmo, MONSIEUR Cassius, em vez de ficar aí pedindo reverência e que todos deitem para você passar, seria nobre da sua parte se preocupar com a sua futura esposa pelo menos.
_E o que você tem a ver com isso, Night?
_Nada... Nada, e eu já cansei de falar isso pra Lauren quando ela cisma em falar que o noivinho dela é muito parado, muito estressado, chato, sem graça, entre outros adjetivos não tão bons de se ouvir.
_Ah, ela te falou isso, é?
_Falou!
_Era só pra despistar você, manter você longe, na verdade eu... eu sabia de tudo isso...
_Ah, claro... Bom, com licença, Monsieur Ambrósio, - Fez uma reverência extremamente exagerada - mas eu tenho que voltar á presença de meus A-MI-GOS, coisa que você não parece conhecer... Bom, quem sabe em uma dessas suas festinhas de fachada pra se auto promover, você adicione esse significado no seu dicionário arcaico? Alteza...
Cassius não podia deixar isso ficar assim...
_Ei, Night! Espere!
Com um forte aperto no pulso de Elinor, puxou-a pra bem perto de seu rosto.
_Lauren também te contou o quanto isso tem um gosto diferente?
Então beijou-a de uma forma avassaladora, até ficar meigo, como um dos seus primeiros beijos, ali mesmo, na torre de vidro. Segurou-a até ficar mole em seus braços para soltá-la e dizer ferozmente, com o coração saltando por onde segundos antes havia uma dança de emoções...
_Sabe porque é diferente, Eli? Por que ainda tem o seu gosto...
Com um tapa forte e quente, Elinor tirou os sapatos altos e correu para longe da torre resmungando: Esses sapatos!
Inesplicávelmente, como uma retrospectiva muito antiga, os cabelos de Cassius, antes negros e alinhados, espetaram-se e ganharam uma tonalidade acastanhada. Sentia-se vivo novamente.


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Ainda com os nervos a flor da pele, embalado por uma música mais agitada, pediu um silêncio para a banda e foi acima ao palco com sua taça de vinho. Bateu levemente com uma colher perto do microfone para chamar a atenção dos convidados.
_Senhores, por favor...
Localizou todos que conheciam, inclusive Eli, que ainda parecia atordoada.
_Bom, em primeiro lugar, gostaria de agradecer a presença de cada um de vocês. É de suma importância que vocês prestem atenção em alguns esclarecimentos que daremos, mas primeiro... (Kule Reppelio!)Ninguém percebeu o feitiço não verbal discreto, mas todos os trouxas instantaneamente deixaram o salão, abobados.
_Assim está menos... Trouxa.
Algumas risadas seguiram a piadinha.
_Bom, o motivo de estarmos reunidos aqui em minha casa hoje, é para comemorar-mos alguns anos desde um bom período, embora conturbado na nossa eterna escola... Hogwarts...
Aplausos foram muitos...
_Eu estou feliz em compartilhar esse momento com vocês, meus amigos, pois é uma data também muito importante para Paris, com os 120 anos da torre Eiffel, dentro dos novos ajustes, uma parte da sede do Ministério da Magia Francesa será estendida para o topo do símbolo parisiense, camuflada em um museu da torre. Mas, fiquem calmos, apesar da idade estar cada vez mais chegando, eu não serei parte da coleção - Muitos risos, murmúrios de aprovação e surpresa foram soltos. - E também, mais importante, para minha família, para mim, minha irmã, Morgana, meu genro, Simon, meu pequeno sobrinho Maurice e é claro, meus amigos mais íntimos. Semana passada, fizeram dois anos em que nosso pai Laurence, e nossa mãe, Margorie morreram em combate contra o próprio Lord Voldemort. E é com grande prazer que em homenagem deles, e da minha irmã, que já não está mais presente nessa casa, deixo essa humilde lembrança.
Com o acenar da varinha, uma cortina desapareceu ao seu lado, revelando uma pintura de seus pais e Morgana, mas essa pintura não se mexia. Era monocromática, cheia de sentimentos. Fora tirada de uma lembrança de quando eles visitaram o próprio Cassius na sua escola no Brasil.



Todos aplaudiram de pé a imagem do casal Ambrósio, o que emocionou Cassius.
_Obrigado pelo reforço, muito obrigado... Agora eu singelamente passo a palavra para um grande amigo e conhecido de todos, o M. Harry Potter, Recentemente, Primeira Classe de Merlin, desde já agradecendo novamente pelo seu esforço passado...
Muitos aplaudiram a subida de Harry Potter no palco, que já não usava mais óculos surrados, a não ser para capas especiais de revista.
_Obrigado á todos... Bom, há quase exatamente 12 anos também, eu, com a ajuda de todos, inclusive de Mestre Dumbledore, que Merlin esteja com ele, eliminamos Tom Riddle, ou Voldemort, se preferirem, dessa face da Terra... E é com imenso prazer que anuncio uma grande festa em comemoração a isso na lendária escola de Hogwarts, no próximo fim de semana... Todos estão convidados. Afinal, do que adianta, nos livrar-nos do mal por um período, sem comemorarmos isso? - Todos riram - Ok, obrigado á todos, á Cassius pelo espaço... Por favor...
Cassius tomou o microfone.
_Sintam-se á vontade... Aproveitem a festa!
Todos voltaram a seus assuntos e conversas, mas em um canto escuro, Jana Feubor anotava furiosamente um bilhete com sua pena multicolorida em seu bloquinho...






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¹- Não resisti, pessoal... Ha ha ha...
²- Lauren Rainstorm - Lauren Chuva de raios em uma tradução literal.
³- Sim, minha irmã - Do francês.
Esperam que tenham gostado ^^

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Sombra e Escuridão

Certa hora da noite, uma nova coruja chegou ao terraço da Mansão Fleurs trazendo uma carta. Sophia recolheu o pergaminho e a ave noturna saiu, batendo suas asas. A bruxa abriu o envelope e viu o que havia dentro. Era um simples pedaço de pergaminho com um dragão negro e, no verso, uma frase:
_ “Você também vai nos pagar!”
Diego estava perto e viu o que havia no pergaminho. Aproximou-se de Sophia e perguntou:
_Também recebeu um, não é?
_Sim, Di. Porque? Você recebeu?
_Ontem a noite. Primeiro estranhei estar recebendo uma ameaça do Black Dragon, pois não sou Auror. Porém estes bruxos do Mal devem estar atráz de mim e você Sofi.
_Sim, você tem idéia de quem seja?
_Não. Podem ser muitos bruxos, ou poucos, mas são pelo menos dois.
_Como sabe?
_Recebi outra carta hoje cedo, tinha duas assinaturas. “Sombra e Escuridão” e eles estão me mandando um recadinho gentil, para que eu não me meta mais nos negócios deles. Estou morrendo de medo. _ e o rosto de Diego assumiu uma expressão irônica, acompanhada de um sorriso _ Agora, falando sério, fico preocupado peor você.

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À noite, depois que Cassius saia do banho, uma coruja chegou e entregou uma carta para ele. O Ministro abriu o envelope e viu que dentro dele havia apenas um pedaço de pergaminho, com um Dragão negro pintado e, no verso, uma frase:
_ “Você também vai nos pagar”.
Aquilo não passou despercebido a Luiza. Lauren chegou perto do marido e perguntou:
_O Black Dragon? Por que?
_Acho que sei, Lauren. _ disse Luiza _ Recebi um igual.
_Durante nossos passos em Hogwarts fizemos diversos inimigos por conta de nossos atos heróicos.
_E por conta disso, recebemos um recadinho amigável do Dragão, há alguns dias atrás. Parece que eles não nos esqueceram. _ disse Débora.
Diego que acabara de chegar na mansão, vindo do encontro com Jana (Que a Nay vai postar em Breve - Espero). Ouvira a conversa dos amigos.
_Bem-vindos ao clube. _ comentou Diego _ Também recebi uma carta. Mostrei a Sophia, logo depois.
_No início eu fiquei preocupada. Mas, depois de termos passado por todos aqueles perigos com Voldemort e a Ordem das Trevas, uma ameaça vinda de criminosos bruxos não chega a nos amedrontar. _ disse a Amanda.
_Mas não devemos nos descuidar da segurança, Amanda. _ disse David que também reebera o estranho recado.
Podia até parecer que não, mas nossos amigos instintivamente sabiam que os dias de paz estavam chegando ao fim. Era bom que se preparassem para enfrentar novos perigos, desta vez vindos de “Sombra & Escuridão”, os misteriosos líderes do Black Dragon.


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SDP - DIVULGAÇÃO

Pessoal, inalgurei meu novo blog com uma poesia minha!!!
Vão lá conferir blz???


Delírios do Di



Toh esperando vcs lá

Abçs do Di

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Black Dragon

"A Máfia Bruxa"

Depois de uma ducha quente, um delicioso jantar em família. Um Espresso bem forte, como Diego gostava. Na sala de estar, em frente ao quadro-bruxo de Sr. e Sra Fleurs, a família conversava:
_E você conheceu nossa menina quando tinha quinze anos de idade, Diego? _ perguntou Sra Fleurs_ Sei que já nos contou essa história um monte de vezes, mas sempre gostamos de ouvi-la.
_Sim. Eu tinha quinze anos e ela também. Apaixonamo-nos de cara mas eu, tímido e distraído, demorei muito para me tocar disso.
_Eu descobri na horinha que vi o Diego. Nos esbarramos em um corredor no meu primeiro dia. E se bem me lembro nosso segundo encontro também foi um esbarrão, eu cai nos seus braços lembra Di? Você ficou meio sem jeito e até parou de reclamar das ervilhas que serviram no almoço. _ disse Sophia.
_E no dia seguinte, eu finalmente tomei consciência do quanto amava a Sofi, porem faltava coragem para me declarar. _ Diego comentou.
E assim se prolongou o jantar com Diego e sophia relembrando os velhos tempos.
Após o jantar Diego foi até a escrivaninha e, rapidamente, escreveu uma carta para Lilian Malfoy, na qual dizia que a pista de treinamento era um sucesso e que estava aprovada para uso na Academia Européia de Aurores. Ao terminar...
_Shamhat! _ uma bela e velha coruja, aproximou-se e estendeu a perna, a fim de receber a mensagem _ Para Lilian Malfoy, o mais rápido Shamhat.
A coruja abriu as asas e saiu voando pela janela aberta. Mal Shamhat saiu, outra coruja chegou. Diego a reconheceu como uma das corujas-postais de Londres. Ela pousou e, a exemplo da coruja de Diego, estendeu a perna para deixar uma carta que trazia, juntamente com o exemplar de assinatura do Profeta Diário que deixou sobre o peitoril da janela. Diego recolheu o jornal e a carta, abrindo esta última, cujo envelope não trazia o nome do remetente.
Havia apenas um pequeno pedaço de pergaminho que, em um dos seus lados, trazia a figura de um dragão negro e, no verso, apenas uma frase e uma assinatura:
_“Você vai nos pagar! Black Dragon”
Black Dragon. A “Máfia Bruxa” começava a dar, sinais de vida. Rapidamente, Diego guardou a carta no bolso da jaqueta, tentando evitar que Sophia a visse. Em vão.
_O que havia na carta, meu amor? _ perguntou a loira.
_Nada de mais, querida. _ disse ele tranqüilamente, para não preocupá-la. E telepaticamente _ “Depois te conto”.

*****

A minivan Xsara Picasso, da Citroën, era um veículo tão bonito e confortável, além de possuir um Design tão especial que, mesmo passados vários anos do seu lançamento, ainda continuava sendo produzida e não sofrera nenhuma reestilização. Uma, de cor vermelha metálica, entrou pelos portões da mansão dos Malfoy e estacionou na sua vaga, nas garagens. Quem visse a mulher de cabelos loiros que transferia sacolas de Supermercado do porta-malas para um carrinho, aparentando cerca de dez anos a menos do que os seus vinte e sete, vestindo uma camiseta rosa e uma calça preta da Adidas e calçando tênis da mesma marca, jamais pensaria estar diante de uma eficiente máquina de combate, praticamente um exército de uma mulher só e Mestre Ninja, além de ser uma bruxa de grandes poderes.
Era Lilian Malfoy.
Ela conduziu o carrinho para o elevador e, no caminho, cruzou com seu sobrinho.
_Bom dia, Tia!
_Bom dia, Scorpio. Saindo para uma corridinha?
_Sim. Mas hoje a senhora... - Lilian o olhou com reprovação - desculpe, você não vai comigo, né?
_Não, hoje não.
_Tia a senh... Você vai dormir aqui hoje?
_Não Scorpio só vim trazer estas compras para sua mãe. Boa corrida.
_Até mais, Tia. _ e o sobrinho, saiu para correr.
Lilian Malfoy entrou no elevador e subiu até a cobertura. Descarregou as compras, desceu com o carrinho e subiu novamente. Precisava conversar com a cunhada, pois o irmão andava meio estranho.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

A pista-teste

“Diego volta a treinar artes marciais”

Quando Sophia estava em seu sexto ano em Hogwarts, sua casa foi invadida por comensais e destruída. Sua avó a quem Sophia muito amava, morreu naquele dia. A Mansão Fleurs havia sido reconstruída segundo as ordens do Sr. Fleurs como era antes, mas com algumas pequenas modificações. Uma delas era o Centro de Treinamento Subterrâneo, pois ele sabia que Sophia e seus amigos começaram a fazer treinamentos ninjas na época, e talvez a filha gostasse da idéia. E era lá que Diego estava agora, vestido com o traje Ninja negro e percorrendo uma pista-teste que Sr. Fleurs havia montado. Primeiro atingiu cinco vultos que o ameaçavam, com uma Shuriken certeira em cada um, derrubando os bonecos magicamente animados. Depois evitou três dardos blo com seu bastão, no qual eles ficaram cravados. Caminhava por um corredor sem maiores anormalidades quando, de repente, foi alertado por uma alteração vibracional do seu Ki e saltou, evitando uma lança e depois outra e mais outra, que atravessavam o corredor de um lado ao outro. Saltou de cabo em cabo, evitando as pontas e sacando a Espada de Grodric Gryffindor que lhe foi devolvida por ser o legítimo herdeiro foi partindo as lanças enquanto as escalava, até que ultrapassou aquela área.
Agora corria pelo corredor e no último instante saltou, bem a tempo de evitar cair em um poço de cujo fundo levantavam-se estacas pontiagudas. Aterrissando do outro lado, percebeu que o chão cedia: Armadilha.
Usando o Bukujutsu, saiu dali e começou a correr pela parede lateral e pelo teto, até sentir que iria para solo firme. Começou a sentir um cheiro adocicado que infiltrava-se pelo corredor e que ele logo identificou como clorofórmio. Embainhou a Espada e sacou sua varinha.
_ “Zephyr”! _ uma brisa levou os vapores anestésicos para longe e evitou que o bruxo caísse adormecido. Paredes de metal levantaram-se para bloquear seu caminho, mas Diego nem ligou. A varinha em punho, apontando-a para as paredes e bradando: “Magnum Impacto”. O Feitiço de Onda de Choque, que ele aprendera com Lily Malfoy, dera resultado. As paredes simplesmente caíram por terra, retorcidas. Agora, encontrava-se em outra câmara. No centro dela, um pedestal com uma estatueta, representando os Quatro Grandes. O objetivo do exercício era obter a estatueta, mas Diego achou que aquilo estava fácil demais. Ao dar o primeiro passo, pisou em uma pedra e sentiu que ela afundava um pouco, mal tendo tempo de bradar “Protego”, invocando um Feitiço Escudo que fez com que um dardo “Flechette” ricocheteasse para longe.
_ “Periculum Revelio”! _ as pedras que acionavam os lançadores de dardos começaram a brilhar e ele facilmente as evitou. Chegando ao pedestal, pegou a estatueta e acionou a última das armadilhas: as paredes da câmara começaram a se fechar, bloqueando a porta. A única saída era uma abertura, a uns quinze metros de altura.
_ “Ascendium”! _ Ele bradou, segurando a varinha e a espada em uma das mãos e a estatueta na outra. A potência do seu feitiço fez com que subisse como um foguete e saísse pela abertura, uma fração de segundo antes do túnel fechar-se atrás dele. Aterrissou na câmara superior e, imediatamente, clicou no cronômetro do seu relógio de pulso (“Quinze minutos e vinte e cinco segundos. É, eu acho que será um bom exercício para a Academia de Aurores. Vou mandar uma coruja para Lily, avisando que a pista de treinamento ainda é um sucesso”, pensou ele).
Após colocar a estatueta sobre a mesa e a espada em um cavalete, ele sentou-se sobre um tapete, em posição de lótus. Acendeu um bastão de incenso e colocou-o em um porta-incensos à sua frente.
_ “Reducio Lux”. _ disse o bruxo e as luzes diminuíram até que a sala ficou na penumbra. Ele semicerrou seus olhos e começou a meditar. Logo sua mente estava em um plano mais elevado e sua percepção excepcionalmente ampliada. Podia perceber o Ki de sua sogra, a sra Fleurs, tricotando em seu quarto e quase podia sentir o cheiro apetitoso do jantar que Sr. Fleurs estava preparando, sim, pois ele era quem gostava de cozinhar. Então sentiu um Ki intencionalmente baixo aproximando-se da porta da câmara (“Ora, então minha loirinha pensa que pode surpreender o Didico aqui. Mas eu devo reconhecer que ela está cada vez melhor no controle do Ki”, pensou Ele). Naquele momento, Diego levitava, a cerca de um metro do chão, com a aura dourada do seu Ki a envolvê-lo. Foi quando Sophia entrou na câmara e viu seu marido flutuar.
_Desculpe, Didico. Não queria interrompê-lo.
_Nada disso, amor. Eu já havia terminado. _ disse Diego, baixando até o chão e saindo da posição de lótus. _ “Lux Normalis”. _ as luzes retornaram ao normal.
_Estava em um nível elevado de meditação?
_Sim. _ Ele respondeu, levantando-se e abraçando sua mulher.
_Será que eu vou conseguir levitar como você?
_Com certeza, Sofi. Basta treinar e manter puros sua mente, coração e objetivos, como aprendemos no nosso quinto ano. Foi seu pai quem mandou me chamar?
_Sim. Papai me mandou avisá-lo de que o jantar está quase pronto. Acho que é a conta de subir, tomar uma ducha e descer para almoçar. Sabe Di, acho que vou voltar a treinar. Não luto desde que Voldemort morreu. Nem me lembro quando entrei nesta câmara pela última vez. Papai disse que fez alterações. Como ficou?
_Bastante difícil e com um nível de perigo maior do que estava antes.
_Vou enviar uma carta para Lily, já tenho a autorização da sua família, eu não sei porque, mas acho interessante ela e os outros aurores receberem treinamento Ninja, e como Lily já é treinada ela poderá dar aulas. Eu não queria estar na pele dos alunos da Academia de Aurores.
_E em quanto tempo fez a pista?
_Quinze minutos e vinte e cinco segundos.
_Os alunos vão demorar muito mais. _ disse Sophia.
_E por que? _ perguntou o bruxo.
_Porque nenhum deles é Diego Blanc. _ A moça respondeu com um sorrizo e Diego não se conteve, a deu um beijo tão prolongado que ambos chegaram a ficar sem respiração. porém ao se soltarem, Diego se lembrou das palavras de Jana naquela tarde, e toda sua felicidade se esvaiu. ele estava confuso, nunca havia duvidado de Sophia, porém a moça escondia algo dele nos últimos dias e isso ele já havia notado.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Doce obsessão

O cheiro ardido e quente entre suas narinas e respirava fundo, estava adorando aquele cheiro. Cheiro de vingança no ar, como era gostoso. Parecia que aquele cheiro havia entrado pelas narinas e adentrado em suas veias que agora percorria por todo seu corpo. Ah muito tempo que queria sentir essa sensação de dever quase pronto, e depois de pronto, cuspiria em cima e daria altas gargalhadas. Mas ainda não era hora para se cantar a vitória, havia muito ainda para ser feito...

Duas horas, trinta minutos, vinte e cinco segundos e só não sabia a exata dos acréscimos. Jana esperava ansiosamente a passada de certa pessoa por uma livraria bruxa camuflada dentre tantas outras trouxas numa avenida calma da França. Olhava para seu relógio de pulso prateado feito uma criança ansiosa por doces, até que ele passou , sim ele passou com todo seu ar puro de bruxo. Alto, forte, passos sincronizados e leves, elegante, uma calça preta, sapatos de grife pretos reluzentes, uma camisa social azul clara com um casaco de linho azul marinho. Perfeito. Nele não havia defeitos, um sorriso largo e brilhante, olhos que mais pareciam mel, uma verdadeira obsessão. O doce que aquela criança quer ter, a qualquer custo, preço ou até mesmo morte.

Acordando de seus devaneios apaixonados, colocou os óculos escuros, ajeitou os longos cabelos de chocolate fazendo qualquer trouxa babar e seguiu na direção do homem perfeito. Ao entrar na livraria, com cautela foi até o final e não o encontrou lá, ah claro, a passagem secreta para os melhores livros de bruxos, era somente bater com o pé esquerdo três vezes no quadrado marrom com uma bolinha minúscula dourada e puxar um enorme dicionário de língua francesa e num piscar de olhos ela já se encontrava num dos melhores acervos bibliotecário bruxo do mundo. Isso no momento não importava, o que importava era o seu homem perfeito.
Caminhando por aqueles longos corredores com enormes estantes de livros lá no fundo avistou seu homem perfeito folheando páginas de livros sobre Merlin.
Merlin? O que diabos ele folheia livros sobre Merlin? Deve ser de tanto aquela loira aguada falar “Aii meu Merlinzinho” que o coitado ficou louco e quer conhecer mai sobre Merlim!

Jogando para longe qualquer pensamento fútil e que envolvesse a loira aguada, Jana os mandou para longe e se concentrava em apenas uma coisa: Seu homem Perfeito!
Aproximando-se com um livro sobre “Como adestrar seu hipogrifo” nas mãos – no momento ela nem olhou a capa, apenas pegou o primeiro à frente para se fazer de desentendida – e caminhou com seu rebolado discreto fazendo muitos bruxos se desconcentrarem e algumas bruxas torcerem o canto dos lábios.

- Diego? Nossa coincidência te encontrar por aqui! – ela deu um sorrisinho que todos os bruxos se derretiam, apenas o seu homem perfeito que parecia imune aos seus charminhos.

- Jana Feubor? Nossa como você mudou desde a ultima vez que nos vimos!

- Pois é, - ela sorriu – faz muito tempo mesmo e agente acaba crescendo um pouco mais. Só que você também mudou muito, está mais bonito e elegante – ela poderia passar o resto da tarde comentando sobre toda sua beleza, mas preferiu se conter

- Crescemos mesmo – ele abriu um largo sorriso que a deixou com os olhinhos de jabuticaba brilhando – Mas o que tem feito todo esse tempo?

- Ah Di, eu me tornei editora-chefe do Semanário Bruxo...

- Eu soube...

- É... – ela deu um sorriso amarelo se recordando de uma matéria feita com as dondocas e a loira aguada, claro estava lá! – Mas e você? Soube que é Ministro, um ótimo cargo!

- Com muito esforço consegui chegar onde estou e graças também a minha esposa que me ajudou muito.

- Que bom! - claro, ele tinha que se lembrar da loira aguada sem vinagre! – Às vezes eu me lembro de quando éramos jovens, do nosso baile de inverno. Foi o momento mais lindo da minha vida...

- Nossa – ele sorriu- o baile de inverno foi muito incrível, agente quase namorava – ele sorriu novamente
Ela se aproximou mais do rosto dele...

- Tudo poderia ter sido diferente, você gostava de mim – ela tentou dar um beijo, mas ele conseguiu se esquivar

- Jana, não confunda... Você insistia muito parecia até obcecada, não passamos de uma “ficada”, e logo depois conheci Sophia...

- Que chegou pra atrapalhar tudo – ela o interrompeu – Sempre ela, não percebeu que a causa de todas as brigas, as fofocas, as discussões tinha aquele cabelo aguado no meio?!

- Do que você está falando?

- Ah claro, há muitas coisas que você não sabe querido!

- Então diga oras!

- Se quiser saber, me encontre aqui amanhã as três da tarde em ponto! – ela saiu depressa para que ele não pudesse alcançá-la

- Espere...

Sim, a sementeira da duvida estava lançada, a sua única preocupação agora será regar para que ela germine, cresça e dê frutos. Novamente ela sentiu aquele cheiro que tomou conta de suas veias e pulsava em seu coração a fazendo sentir mais vontade daquilo... Vingança!

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Gente desculpas pela demora de uma fic, mas estava um pouco tonta com tanta informação! Espero que gostem! Xero!