quarta-feira, 8 de outubro de 2008

O Baile - 3ª Parte

A noite estava sendo perfeita para Cassius e Elinor. Resolveram olhar o céu e as estrelas e descobriram muitos rostos conhecidos, e se divertiram ao imaginar coisas impossíveis, como o simples fato de Snape conhecer um Shampoo francês, destes que nestas férias eles usaram muito, dando um aroma hipnotizante ao cabelo de Elinor e o das meninas.

A lua estava magnífica naquela noite, provando-se apavorante e sedutora ao mesmo tempo, e deixando Elie e Cah com um ar apreensivo. Estavam felizes, mas estranhos... O primeiro beijo sempre é diferente e inesquecível, lembrou-se Cassius das palavras de seu pai, na longa conversa que tiveram no seu aniversário de 12 anos. Estavam á dois dias do Natal e perceberam, que não nevaria na ilha.

De repente, Elinor levantou e foi admirar a paisagem e a festa lá fora, que seguia animada por músicas mais antigas.

_É incrível isso aqui... Todos esses detalhes... Olha esse vitral... Quando a Lua bate nele... A luz vai lá no lago...

_Que vitral Eli?

_Esse dragão vermelho aqui...

_Dragão vermelho???

_Sim... Mas espera aí... Não tem vidro, é só a sombra parece, que estranho...

_Dragão vermelho... Altos e baixos, a lua reflete no lago... Mas está tudo claro!!!

_Claro? Como assim Cah?

_Eli, meu amor, ovcê é um gênio... É nas longas e baixas travessias da vida em que se descobre como é importante ver e enxergar além do que se realmente vê... O sonho Eli...

_Sonho? Não vai começar com aquela história de novo...

_Faz tudo sentido... O ponto mais alto da ilha, o mais baixo, a estátua... o dragão vermelho, símbolo de Merlin, enxergar além... Um terceiro olho... Eli, tem alguma coisa naquela estátua e eu vou descobrir o que é... Obrigado por tudo, meu amor... Me dá licença das pantufas? Obrigado mesmo...

Com um beijo rápido e sutil, Cassius saiu correndo, deixando a porta aberta, caso Eli quisesse sair em seguida. Tinha que entrar naquele rio, mesmo gelado, e encontrar algo... Sacou sua varinha e ao chegar á porta de sua casa ofegante, deslizou á margem do rio, onde o grande cisne, agora prateado devido á luz da lua, pairava, como se estivesse nadando de verdade. Sentou-se em suas costas, conjurou um feitiço cabeça de bolha e conduziu violentamente o cisne para dentro da água gélida, mesmo sob os olhos dos curiosos.

Com um rápido solavanco, O cisne diminuiu-se e Cassius, agarrous suas penas prateadas e juntos voaram pro fundo do rio... Tudo estava escuro de início, mas logo as algas passageiras podiam ser vistas... Reparou a diversidade de peixes no imenso rio e seguiu para o fundo, onde teve que acender a luz da varinha para que pudesse vir alguma coisa. Avistou de longe um brilho rubí e mais que depressa viu a estátua mais detalhada que já vira... Era uma Rowenna Ravenclaw mais decadente, magra e velha que as imagens habituais, e segurava nas duas mãos, o vitral do dragão vermelho reluzente.

Quando pôs as suas mãos no vitral, levou um choque, para depois perceber que a estátua havia mudado a posição dos braços e a expressão trite para uma confortada. O vitral redondo saiu e mais que depresssa, Cassius o pegou e subiu rapidamente para cima, deixando os curiosos em volta espantados com o cisne que voltava de tamanho. Com a ajuda das pantufas de Elinor, Cassius ascendeu até a torre mais alta mais rápido que esperava, e ao encaixar o vitral no seu devido lugar, uma grande explosão aconteceu, e Cassius caiu já desmaiado da maior torre da mansão Gray sem nenhum arranhão.

Na hora, os cabelos de Morgana fortemente presos pelo penteado se quebrou, como o de outras meninas loiras de sua família, inclusive sua tia Lavínia e as veelas, e começaram á se agitar loucamente. O vento tomaria conta da festa. Diante do lago, agora podia se ver quatro enormes ciclones formados e indo em direção á Cassius, que parecia preso ao solo. Os furacões, causando um desastre total rodearam Cassius até formar um único enorme furacão.
Cassius, em questão de instantes subiu pelo furacão e desapareceu, magicamente junto ocm o furacão que agora se espalha-ra em quatro.

O caos reinou no que sobrara da festa...