domingo, 15 de junho de 2008

A inscrição no diário

Diego não cabia em si de empolgação, no dia seguinte começariam as aulas e ele mal conseguia dormir pensando nisso. Levantou de sua cama, e foi até a janela que estava aberta. Pensou que observando a lua o sono logo chegaria. Pode notar ao longe que um pássaro ia em sua direção. A coruja lhe entregou uma carta e sumiu no meio da noite. O Garoto olhou o envelope púrpura e abriu-o rapidamente. Havia um pequeno pedaço de pergaminho escrito com a caligrafia de seu pai:

“O momento certo na hora certa. Bem-vindo a Hogwarts. N.B.”

Ao terminar de ler Diego sorriu e pensou que a cada dia que passava seu pai ficava mais maluco, e lembrou que antes de embarcar ele havia lhe dado uma caixa que havia pertencido ao seu avô e o garoto não se lembrara de abrir no trem. Apanhou a caixa em seus pertences e finalmente abriu.
- Ual! Um tabuleiro de xadrez de bruxo! - exclamou ele aos susurros remexendo na caixa e notando lindas peças em ouro.
Dentro da caixa havia também uma anotação de seu próprio avô, era uma espécie de feitiço que ele usou para gravar as iniciais do seu nome em cada uma das peças. O papel continha instruções para a execução do feitiço as quais Diego leu atentamente.

Posicione a varinha de modo que o objeto seja o alvo, mentalize a inscrição, sinta que a varinha a reconhece e pronuncie o feitiço Balisenom.

Diego sentou-se na cama e apanhou seu diário para anotar nele aquele feitiço, que poderia ser-lhe util em alguma ocasião. Foi aí que teve a brilhante idéia de esperimentá-lo em seu diário mesmo. Apontou a varinha para a capa preta e de um grosso couro de seu diário, mentalizou seu nome e quando se sentia confiante pronunciou o feitiço.
Na capa do diário começaram a se moldar letras douradas como fios de ouro numa linda caligrafia. Mas algo muito estranho aconteceu, ao invéz de seu nome aparecer no diário, a inscrição era outra: Diário de um grifinoriano. O garoto ficou perplexo, havia seguido a risca o que estva escrito e o feitiço deu errado. Ele apanhou o Diário e o tabuleiro e os guardou de volta em seu baú e foi se deitar contrariado, tinha que procurar no dia seguinte um contra-feitiço.

Diego levantou-se assustado, como se alguém invisível tivesse gritado no seu ouvido. Vestiu-se apressadamente e dirigiu-se até o salão principal para tomar seu café da manhã, sentindo-se um pouco desconfortável e até nervoso. Dentro de uma hora estaria em sua primeira aula de Transfiguração e essa possibilidade o deixava apavorado. Estava tão absorto em seus pensamentos que, quando se dirigiu ao salão principal – quase vazio – seu corpo automaticamente o guiou para a mesa da Corvinal. Quando estava para se sentar sentiu uma mão em seu ombro.
- Já com saudades do seu velho amigo Didico?
Ele deu de cara com Cassius, sorrindo abertamente para ele. Diego se deu conta do que estava fazendo e sorriu amarelo para o amigo, que o acompanhou até a mesa da Grifinória.
- Cah, eu ainda não me acostumei com esse negócio de casas... Não sei, será que estou na casa certa?
- Não poderiam Ter escolhido alguém melhor para a Grifinória, afinal, você é garoto mais corajoso que conheço...
- Deve ser mais fácil ser estudar em uma escola que não tenha esta seleção Cah...Mas vou confessar que estou adorando Hogwarts...

Ele tomou o café relembrando alguns fatos junto com Cassius, sempre observando os alunos que entravam. Cassius, de vez em quando apontava-os e fazia comentários.

- Aquele ali, o magrelão, é Zacarias Smith, o Salgueiro Lutador quase o matou dois anos atrás. Ali estão Magda Amapoulos e Gilda Hoppikins, as primeiras batedoras mulheres da Lufa-Lufa, são muito boas. Está vendo aquele pessoal da Sonserina? São barra-pesada. Ah! E aquele ali é... seu... seu primo... Draco Malfoy...

Cassius apontou para um garoto loiro que andava na companhia de outros dois garotos gordos e muito mal encarados. Em seu lado uma garota de cabelos pretos escuros tentava conversar com ele, que não respondia. Ele passou reto pela turma que Cassius havia apontado e sentou-se, a garota ao seu lado. um dos garotos gordos que Cassius disse ser Crabbe sentou-se na sua frente, desatando a falar muito alto. Draco respondia eventualmente ao garoto, pois lia concentrado um livro grosso.

- Draco Malfoy Cassius – Diego continuou a conversa – Sujeitinho estranho ele. É como o pai, que vive se vangloriando de dinheiro e atormentando os outros. Odeia os trouxas, como reza a tradição da família Malfoy...

- Eos Black também...

- Sim, sim, os Black também. Ainda bem que mamãe é diferente deles.

Cassius deu uma tossida engraçada e tomou um bom gole de suco de abóbora e Diego, seguindo sua deixa, se serviu de várias torradas com geléia. Ele olhou o amigo e viu que ele acenava freneticamente para duas garotas que agora se sentavam na mesa da Grifinória.