No dia seguinte Cassius havia ligado para Diego e lhe aconselhou mostrar a carta para seus pais, assim eles poderiam esplicar-lhe tudo o que ele deveria saber, e o garoto perceberia que tanto ele quanto Amanda haviam falado a verdade. Sirena Blanc estava sentada à mesa apreciando o café da manhã quando Diego resolveu ir até ela.
- Mãe, preciso falar com você. - Disse o garoto ainda apreensivo se sentando a mesa de frente para a mãe.
- Bom dia para você também rapazinho, onde estão os bons modos? - Disse a mãe sorrindo
- Bom dia! - respondeu o garoto retirando a carta do bolso. - O assunto é sério.
Sirena olhou para o pergaminho em suas mãos e viu o símbolo no lacre de cera. Era uma carta de Hogwarts. Ela encarou a carta por alguns minutos, hipnotizada por ela. Uma carta de Hogwarts... Quem está enviando cartas de Hogwarts? Meu filho não é um bruxo, ou pelo menos eu penso que... Será possível... É uma carta oficial, Sirena! ela censurou-se mentalmente.
Ganhando coragem, ela pegou a carta das mãos do filho, leu o nome no envelope, era endereçado a ele, fechou os olhos. Ela estava esperando por esse dia, no fundo tinha se agarrado na esperança de que o filho não era um aborto. Apesar dele nunca ter demonstrado habilidades mágicas. Nicolas ficaria tão contente. Sem dizer nenhuma palavra ainda não acreditando no que seus olhos viam, ela colocou a carta na mesa e tomou um gole do chá em sua xícara. Abrindo os olhos, a carta ainda estava ali. Ela olhava fixamente para o pergaminho amarelado descansando a sua frente, tentando pensar no que dizer ao filho. Ela suspirou, erguendo seus olhos da carta e encontrando os olhos de Diego encarando-a.
– Algum problema?
– Não, nenhum – ela respondeu com um leve balanço de cabeça, retornando sua atenção aos ovos em seu prato. – Por que haveria?
– Mãe! Pare de me enrolar! – ele repreendeu-a com sua voz forte e cara feia. – Me diga o que sabe sobre esta carta. Eu sou mesmo um bruxo? - Nicolas que havia entrado na cozinha momentos antes ouviu toda a conversa e havia ficado sem reação até aquele momento
– Sim você é um bruxo! – ele declarou com satisfação em sua voz. - Sirena eu disse! É claro que você é um bruxo. Nicolas abraçou o filho apertadamente, não podendo evitar a onda de orgulho e felicidade crescendo dentro dele. O sorriso largo dele era contagiante e Sirena encontrou-se sorrindo, ignorando as lágrimas que rolavam em sua face.
– Ok! Mãe, Pai, vocês tem muito a me explicar.
– Desculpe filho. Não deveriamos ter ocultado esta história de você. Mas foi para seu próprio bem. - Nicolas respondeu.
- Além do mais você nunca manifestou seu poder e pensamos que você não tivesse herdado nossos genes mágicos.
– Eu estou muito confuso, não consigo compreender se o que está acontecendo é bom ou ruim, até minutos atráz magia não existia.
- Diego lhe contaremos tudo o que você precisa saber. Porém será hoje no jantar. Esta carta mudou nossos planos. Seu pai e eu precisamos nos reorganizar e encontrar uma melhor maneira de lhe apresentar ao nosso mundo.
– Está certo. Vou sair um pouco, preciso de ar fresco. Talvez eu vá ver o Cass. – E com isso, saiu da cozinha, deixando os pais sozinhos e indo ao seu quarto escrever mais uma página do diário. Para em seguida ir ao encontro do amigo que anseava por saber como fora a conversa do amio com os pais.