quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Rumo a França

A festa do dia anterior havia sido perfeita para Amanda e David Verpestet (Amanda e David se casaram no verão anterior, por isso a jogadora substituíra o sobrenome Gentilini por Verpestet - Embora alguns dos amigos ainda a chame pelo antigo sobrenome), David havia recebido a ordem de Merlin e Amanda havia visto de perto sua banda preferida que tocara na festa "Os Obliviadores".

David e Amanda estavam sentados a mesa tomando café enquanto David lia ansioso o Profeta Diário.
_Sabe Amor, a vocalista dos Obliviadores...
_O que é que tem? _ perguntou David com os olhos fixos no jornal.
_Não sei, acho que a conheço de algum lugar...
_Impossível, os Obliviadores são da Noruega.
_Eu sei, por isso fiquei intrigada, ela é muito bonita.
_Sério? Nem reparei...
_Aquele cabelo rosa-chiclete acentua muito bem a pele dela. Os olhos são do mesmo tom.
_E a voz é perfeita.
_Sim...
_Como é mesmo o nome dela?
_Deeh Summer.
_O QUÊ?
_Deeh Summer, qual o problema?
_Você disse que a cor dos cabelos dela eram rosa? - Agora David estava de pé e o jornal estava largado sobre a mesa.
_Sim, e me são muito familiares.
_É claro como não percebemos antes?
_O que foi David, não me assusta!
_Lembra do nosso 1° ano em Hogwarts?
_Claro que lembro, mas o que isso tem a ver...
_Lembra se das pessoas com quem andávamos naquela época?
_Bom, com o Diego, a Luiza... Puxa que saudades dela, a como era mesmo o nome... Elianor, não não é isso... Elinor, O Luan, a Moira a Jennifer... acho que só né? Ah esqueci do Cassius.
_Não!
_Ah, tem a Jana, mas naquela época ela não andava com a gente era só com o Di...
_Não!
_Ai David, eu não lembro então! A Natalie não é, só começamos a andar com ela no segundo ano, deve ser o Vitor, não, ele não, o Arion também não. Desisto!
_Vou te dar dicas, mudou de escola antes de concluir o 1° ano em Hogwarts, era a melhor amiga do Di, tinha um temperamento muito difícil e vivia Brigando com o Cassius.
_É mesmo, claro que me lembro a Débora, como pude esquecer... Por Merlin David! _Amanda levantou de um salto. _ Você não está pensando que a Deeh... Não pode ser.
_Não só pode como é. Tenho certeza. _Os dois voltaram a se sentar na mesa bastante chocados.
_Eu sabia que reconhecia aqueles olhos... _disse Amanda.
_É estranho, depois de tanto tempo, ficarmos perto de uma pessoa e não reconhecê-la de imediato.
_Pois é... Falando nisso, estou com o bilhete da Sofi na bolsa ainda não o li... onde ela está... _ Amanda puxou a varinha das vestes _ Accio bolsa!
A bolsa veio voando para a mesa onde ela e David estavam sentados, a moça mais do que depressa apanhou o bilhete e leu em voz alta para que o marido escutasse.

Queridos Verpestets

Quero dizer que para mim e meu marido foi uma grande honra recebê-los aqui em nossa casa.
A presença de vocês foi uma prova irrefutável de amizade e carinho, e para mim foi um privilégio maior poder recebê-los, foi uma pena não poder ter lhes dado a atenção merecida, mas eu precisei ajudar muito meu marido nesta festa, estávamos muito atarefados.
Tudo o que aconteceu na festa, que foi na verdade uma grande reunião de amigos, foi perfeito! O prêmio do Dave, a banda da Deeh, foi uma pena alguns de nossos amigos não poderem comparecer!
Este bilhete é mais um convite, daqui a três dias vou visitar meus pais na França e Diego vai junto, estou os convidando para virem connosco, precisamos relembrar um pouco de nossa infância. Meu marido vai aproveitar para fazer uma visita surpresa ao Cassius, vai ser muito bom. Aguardo sua coruja.

Sophia Blanc.


Amanda apressadamente pegou uma pena, um tinteiro, um pedaço de pergaminho e respondeu o bilhete da amiga.
Afinal em dois dias Dave e ela os acompanhariam até a França.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Como o Sena...

Chovia em Paris naquela noite, deixando a cidade-luz melancólica e menos apinhada de turistas apaixonados por sua beleza. Casais de namorados corriam pelas ruas movimentadas com seus guarda-chuvas aproveitando do calor mútuo mesmo com as gélidas gotas da chuva que caiam se esgueirando em rostos macios até morrerem em suas bocas, como lágrimas de um amor impossível, mas sem o sal para amargar a sensibilidade aguçada dos mais felizes.

A chuva era como um lamento dos céus, cada vez que caía provava o quão grande é a dor, capaz de formar rios imensos e profundos, como o Sena, que corta a cidade cinematograficamente. Os casais que contemplavam o rio, feito como um capricho de deuses especialmente para as almas entrelaçadas, não se incomodavam com o odor desagradável que o Canal da Mancha exala. Mas, ao contrário da maioria dos parisienses, o mau cheiro do rio e sua profundidade iam além das questões físico-geográficas e sociais de Paris.

Ao lado do rio, num canto qualquer, via-se um buraco de bueiro rústico, que se ligava para um “tobogã gigante”, provando-se a entrada para visitantes do Ministério da Magia Francês. Sob os profundos patamares do simples prédio que refletia poder em sutileza, encontrava-se uma janela de vidro tosco, e uma única luzinha parecia penetrar naquele escritório. Mais além do vitral, encontrava-se uma sala sufocada pelas enormes prateleiras cheias de livros, onde não deixava lugar para nenhum tipo de decoração extra.

Uma simples escrivaninha forrada com veludo verde-ácido ocupava o centro da sala, onde a pequena luz era emitida de uma luminária comum de escritórios. Sobre a mesa, havia pilhas de relatórios e penas prestes á trabalhar floreadamente, e do lado direito, um anel azul marinho gravado com um brasão jazia esquecido, e logo mais debaixo de uma garrafa e uma taça de absinto quase vazia um jornal local com uma manchete no mínimo curiosa, devido ao fato de estar toda rabiscada.

Jornalísta britânico recebe Ordem de Merlin

O Ministro da Magia Britânico Diego Blanc, 27, deu uma festa particular em sua mansão em Plymouth, para homenagear os jornalistas do mundo inteiro neste final de semana. A festa foi agraciada pela banda Os Obliviadores, e logo depois o ministro da magia fez seu discurso, citando vários nomes importantes do jornal mundial, como a falecida e renomada repórter, Rita Skeeter, autora das publicações de sucesso das biografias não-autorizadas de Harry Potter, Alvo Dumbledore, e mais recentemente, um documentário escrito das vidas de Ginevra Potter, 26, e Hermione Weasley, 27. O inesperado da festa foi a entrega do maior premio bruxo, a Ordem de Merlin (2ª Classe), ao jovem jornalista e editor-chefe do jornal inglês O Profeta Diário, David Verpestet, 27, alguns diriam jovem demais. Sem fibra e impotente diante á renomados nomes como Minerva McGonagall, enfim diretora da Academia de Bruxaria de Hogwarts, David e o ministro foram amigos de colégio na então academia, segundo fontes confiáveis. “_Eles não desgrudavam um do outro, ouvi dizer também que o próprio ministro já teve um caso com a esposa de David, isso me dá arrepios!” – Disse a senhorita Marieta Edgecombe, 30, talvez seja coincidência, talvez coincidência demais, mas, no meio de tantos jornalistas incríveis mundialmente, não seria estranho o ministro conceder o prêmio para seu jovem amigo? Seria o Ministro uma farsa manipulada pelos laços de amizade ou...

O resto da reportagem estava oculto por um envelope púrpura com o selo rompido, revelando uma carta que em letras floreadas dizia:

Ministério da Magia da Inglaterra

"Caro amigo Cassius, quanto tempo que não recebo notícias suas. Bom, na verdade, desde a batalha em Hogwarts e depois daquelas férias não recebo noticias suas. Espero que você, seu trabalho e sua família estejam bem. Você com certeza sabe que me tornei ministro da magia, agora que temos noticiário fica mais fácil acompanhar essas coisas né? Bom... Eu estou escrevendo para lhe convidar para uma festa, aqui em Plymouth... Eu vou homenagear os jornalistas de todo mundo... Ah, e olha que legal, vou conceder um prêmio ao Dave. Toda a turma antiga vai estar lá eu espero e conto contigo, aguardo respostas.
Diego Blanc."

Ao lado do envelope, um cinzeiro prata jazia



Cassius revirou seus olhos e deu uma batida na mesa, fazendo que um pouco de absinto se derramasse pelo envelope. Ele pegou sem cuidado o jornal que estava em sua mesa e sacudiu na frente de Gustave.

_É essa a razão para meu ordenado.

_O quê? Vai me dizer que você já foi repórter nos tempos de Hogwarts?

_Não, Gustave! Blanc estudou comigo naquele tempo. Éramos melhores amigos. E se estão fazendo boatos pelo mundo sobre o ministro e seus amigos, não creio que me possa livrar de um interrogatório. Só estou querendo prevenir. Não fica bem o embaixador da França de amizade com o ministro inglês nesses tempos instáveis. Já não bastasse ter que viver essa vidinha dupla.
_Compreendo senhor, mas não consigo pensar o por que a delicadeza ao tratar do assunto...

_O seu trabalho não é pensar... É obedecer minhas ordens Gustave... Só confio em você pra isso. _É muita honra senhor, mas não creio que será possível...

_Tem que ser possível! Olha essa plaqueta Gustave... Aí diz... Cassius GRAY! Os Gray comandam esse país, a minha família desde os tempos medievais tem acordos políticos com o governo francês... Se não conseguirmos o que estou falando, vou ser obrigado á dar explicações para ambas as partes você me entende?

_Claro senhor... Perfeitamente...

_Então, eu vou apagar meus registros em Hogwarts ou eu não sou um Gray. Está dispensado Gustave.

Enquanto Gustave saía, Cassius deu um gole generoso na sua taça e , fumando e segurando uma foto recortada de jornal, encaminhou-se para a única janela da sala, que tinha vista para dentro do rio Sena. Uma única lágrima correu o rosto de Cassius, uma lágrima salgada, daquelas que poderia se transformar em um rio profundo... Como o Sena...

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Atenção: Toda e Qualquer parte do texto em Francês foi traduzida para o potuguês para o melhor entendimento de todos. Espero que gostem do nosso regresso... Obrigado por sua atenção, leitor ^^... Abraços... Monsieur Cassius Gray...