Os dias correram depressa para Diego, desde a descoberta de que era um bruxo. Passaram tão rápido que ele nem percebeu que aquele era o dia de seu aniversário. Levantou de manhã, se lavou, vestiu uma roupa velha de ficar em casa, tomou seu café e subiu para o quarto novamente. Não estava em seus melhores dias, resolveu dormir a tarde inteira e colocar a cabeça no lugar. As aulas trouxas haviam terminado e ele em breve estaria ingressando na sua nova escola. A noite, o Sr. e a Sra. Blanc, que fingiram para o filho esquecer de seu aniversário, estavam muito empolgados com os preparativos da festa. Diego finalmente iria completar 11 anos e para eles nada poderia sair errado nesta festa. Não que as outras tenham dado errado, foram até muito boas, apesar, dos vizinhos comentarem que as decorações da Sra. Blanc eram muito estranhas.
A Sra. Blanc era uma mulher de estatura média, tinha os cabelos lisos de pontas cacheadas e loiros como fios de ouro, olhos azuis e pele muito branca, costumava ser muito magra, más andara engordando durante as férias de verão; Ela tinha muito gosto em preparar as festas de aniversário para seu filho, e achava que tinha muito jeito para a decoração. Estava naquele momento, pondo as últimas caçarolas para assar enquanto conversava com o marido:
Nícolas: Então - disse ele - Que tal esta noite?
Sirena: Ah! já está quase tudo pronto, só tenho uma dúvida, uso alguns Jack o lanterna, ou fadas mordentes para a iluminação?
Nícolas: Psiu! Por Merlin! Os Vizinhos não sabem, não se lembra da última vez?
Sirena: Tem razão me desculpe. Então o que acha de velas flutuantes? - Quando deu por si caiu na gargalhada.
O marido já ia responder, mas calou-se quando o filho entrou na cozinha trajando um jeans desbotado e uma blusa branca furada nos ombros, ele era muito bonito, no geral lembrava o pai, o nariz e a pele sem dúvida eram iguais aos dele, da mãe só puxara mesmo os cabelos dourados.
Diego: O que vocês estão fazendo?
Nícolas: Vem aqui, me dá um abraço. - Nícolas o puxou pelo braço e o abraçou apertadamente. Feliz aniversário filho!
Diego: Ah! Obrigado. É hoje né. Tinha me esquecido. Vocês vão dar uma festa!? - perguntou ele reparando na decoração.
Sirena: Não poderiamos deixar passar em branco. Vá se arrumar, os convidados não tardam a chegar.
Diego: Já chegou alguém mamãe?
Sirena: Ainda não querido.
Mal a Sra. Blanc terminara a frase, e eles ouviram a campainha tocar. Diego se apressou para o quarto, tinha que se trocar, e uma Sirena saltitante foi atender a porta, lá estavam os melhores amigos, do filho, Amanda Gentilini, uma garota pouco alta e muito magra, cabelos lisos e castanhos na altura dos ombros, e olhos cor de mel, como os de Diego. E Cassius Ambrósio um garoto também pouco alto, porém forte demais para sua idade, cabelos e olhos castanhos, pele muito alva, dando á mórbida impressão de um cadáver recém animado. Ás vezes, os amigos reparavam que seus cabelos mudavam de cor e nas vagas ocasiões, até os olhos ficavam mais escuros ou claros, mas apesar destes aspectos estranhos poucos perceptíveis, ele, no todo, era de uma beleza incomum, diferente, mas belo (isso talvez por sua descendencia Veela). Amanda tinha 11 anos e Cassius 12 e agora ambos estavam ali para comemorar com o amigo.
Diego não tardou a descer, trajava uma blusa preta apertada, uma calça jeans skini, um tênis branco e um boné também branco habitual. Ao descer as escadas que davam acesso ao segundo andar foi surpreendido pelos amigos que o envolveram em um abraço.
- FELIZ ANIVERSÁRIO DIH!!! - disseram eles em coro, lhe entregando presentes em seguida, embrulhados em papel pardo.
- Obrigado - disse ele enquanto guardava os presentes em uma cesta em forma de abóbora (decorada por sua mãe).
Eles decidiram ficar á porta para receber os convidados que logo começaram à chegar. Sua casa nunca estivera tão cheia de amigos e parentes, tinha acabado de receber seu primo Demétrio que o cumprimentara de forma muito estranha, dizendo que ele iria amar a nova escola, e que logo iria descobrir coisas... Como se ele já não tivesse descoberto o bastante. Foi quando avistaram Edgar Dursley se aproximar. Era um menino trouxa gordo e loirinho, convencido e mimado residente do número 18 na rua dos Alfeneiros. Vivia importunando Diego e seus amigos, e dizia que a casa em que ele morava era da sua família. O que não era mentira, entretanto os Blanc nunca atrasaram o aluguel. Ao se aproximar deles Edgar parabenizou Diego e lhe deu um presente dizendo:
- Espero que goste, mas vai gostar, é o mais caro que você vai ganhar é claro - disse ele olhando feio para Cassius, os dois nunca se deram bem, e agora fora a gota d'água para Cassius, que lhe deu um soco tão forte que Edgar tombou de costas no chão.
Ainda tremendo de raiva Cassius saiu andando pela rua, os garotos foram em seguida deixando para trás um Edgar que chorava e fazia cena. Os três amigos se sentaram na calçada tentando acalmar Cassius, e rindo-se de como as pernocas de Edgar foram parar lá no alto daqule jeito. Quando Cassius por fim se acalmou voltaram à festa e se divertiram muito naquela noite.
Mais tarde quando a festa acabou Diego levou a abóbora recheada de presentes para o quarto, e começou a abrir um a um, a curiosidade era maior que o sono. Amanda havia o presenteado com um livro pesado e com poucas ilustrações, de letras bem miúdas o que o dizia ter muito a ler, intitulado "Hogwarts, mais que uma história!" por Hermione Granger. Ao abrir o presente de Cassius Diego revirou os olhos e não pode conter o riso. Era uma bússola e um cartão que dizia: "Para meu amigo desorientado!". Não era segredo que Diego não tivesse senso de direção, mas uma bússola estava um tanto quanto ultrapassada pensou ele. Porém era um ornamento incrível, feita de prata incrustada com pedras lápis-lazúli. Foram vários presentes, e Diego gostou de todos, inclusive do de sua mãe, um tabuleiro de xadrez de bruxo que pertencera a seu avô "Gilbert Black". O último presente que abriu era o de seu pai, um anel de ouro. Diego pegou o anel e colocou no dedo, era uma anel lindo tinha uma pedra de rubi, nas laterais estava escrito algo em runas antigas e o garoto não pode ler o que dizia, de reflexo, Diego pensou ter visto um leão olhando para ele de dentro da pedra. Achou melhor ir dormir, o sono era tanto que começara a ver coisas. Naquela noite não escreveu em seu diário.