Diego acordaria tarde naquela manhã pois mal dormira a noite pensando em seus problemas, porém um visitante muito animado o resgataria de seus devaneios mais cedo do que ele planejava.
Sr. e Sra. Blanc tomavam café da manhã sozinhos, pois o filho não acordara quando a mãe o chamou e resolveram deixá-lo descansar, até que ouviram a campainha tocar, se entreolharam, pois nção esperavam visitas. "Provavelmente é um amigo do Dih!" - Exclamou Sr. Blanc levantando-se para atender a porta.
- Ah, olá Cassius! - disse ele com um sorriso para o Cassius Ravenclaw um garoto pouco alto, porém forte demais para sua idade, cabelos e olhos prateados, dando á mórbida imprenssão de um cadáver recém animado. Ás vezes, os amigos reparavam que seus cabelos mudavam de cor e nas vagas ocasiões, até os olhos ficavam mais escuros ou claros, mas apesar destes aspectos estranhos poucos perceptíveis, ele, no todo, era de uma belza incomum, diferente, belo (isso talvez por sua descendencia Veela). Era o melhor amigo de Diego, e um ano mais velho que o garoto.
- Olá Sr. Blanc, vim falar com o Dih ele está?
- Está dormindo, mas entre talvez você possa acordá-lo. - Cassius entrou e foi direto para o quarto do amigo. Sabia que Diego odiava ser acordado e adorava irritar o amigo.
Entrou no quarto cuidadosamente, Diego estava só de cueca, de barriga pra baixo dormindo, aliás, quase babando. Cassius tomou ar e distância e pulou em cima do amigo.
- ACORDA DIH! – gritou esmagando o amigo. - AAAAH – gritava, esperneava – DIH ACORDA! AAH!
- CAAAAHHHH! SAI DAQUI! – Diego ainda tentava dormir, colocou um travesseiro em cima da cabeça.
- ANDA CARA! ACORDA! – ele pulava em cima dele.
- AÉ?! – Diego se virou de forma brusca e jogou o amigo no chão, e antes que este pudesse se levantar pulou nas costas dele e este ficou sem fôlego e forças para se levantar. – Acordei, ta feliz?!
- Me solta tapado! – ele já estava bravo. Os dois se levantaram e Diego foi ao banheiro em seguida se vestir, enquanto Cassius havia descido para a cozinha onde era servido de deliciosos bolinhos feitos pela Sra. Blanc.
Diego desceu as escadas com os cabelos ainda bagunçados e olheiras fundas nos olhos.
- Mãe o que tem para comer? - disse se sentando ao lado do amigo.
- Fiz esses bolinhos, Cassius está adorando. O Garoto concentiu com a cabeça, pois a boca cheia lhe impedia de dizer o quão bom estavam os bolinhos.
Após o café Diego e Cassius foram dar uma volta pelo bairro, pois Diego iria visitar Amanda para tirar satisfações com a amiga.
- Cara ela está tirando onda da minha cara! Você sabe eu detesto este tipo de brincadeira.
- Dih e se não foi ela quem te enviou? - Cassius perguntou apreensivo, não podia assustar o amigo, Cassius era bruxo também e sabia da verdade, sabia também que Sr. e Sra blanc ficariam muito felizes se descobrissem que o filho fora aceito em Hogwarts! Mas ele não podia contar nada para o amigo, prometera aos pais dele que nunca falaria de magia para o amigo e esperava que Amanda fizesse isso por ele. - Sei lá, as vezes pode ser verdade o que tem nesta carta. é uma possibilidade.
- Cah você é demente ou o quê? Só falta você dizer que acredita em Fadas e Duendes!
"Eles Existem!" Cassius pensou, mas nada disse. Chegaram a casa da Amanda e se despediram, pois Cassius achou melhor não participar da conversa.
- Passo mais tarde na sua casa. - Disse indo para casa.
- Até depois! - Diego se despediu tocando a campanhia que em instantes foi atendida pelo pai da garota.
- Bom dia Sr. Gentiline a Amanda está?
- Está sim Sr. Blanc, entre, vou chamá-la. - Enquanto Diego se acomodava no sofá da sala ele foi chamar a filha. - Amanda! O Sr. Blanc está na sala te esperando.
- Diego, que milagre! - Amanda entrou na sala radiante. Eram raras as visitas do amigo. - Não te vejo desde o dia em que fomos ao cinema, o que, no ano passado?
- Pois é, nem parece que somos vizinhos.
- Verdade, mas o que te traz aqui?
- Vim te perguntar que brincadeira boba é esta? - Disse lhe estendendo a carta.
- Não acredito! Isso é demais, você também recebeu?! seus pais devem estar super felizes, todos pensam que você é um aborto!
- Hamham Cláudia senta lá. Muito engraçado, agora você vai dizer que não foi você e que também recebeu uma. E depois me dizer que em seus plenos onze anos de idade você ainda acredita em papai Noel. Por que você mandou isso? E que história de Aborto é essa?
- Você ainda não sabe né? - Amanda perguntou desapontada, provavelmente Sr. e sra. Blanc ainda não contaram nada para o filho.
- Não por isso vim te perguntar e...
- Diego, você já fez algo que pensou ser impossível? Algo que pareceu mágica. Em um momento de raiva ou até de extrema felicidade?
- Hã? Não, claro que não. Amanda, olha não mude de assunto...
- Está vendo esta cicatriz que possuo acima do lábio superior, ela é consequência de um feitiço avançadíssimo, que torturou meus avós paternos e ocasionou a morte de minha bisavó. Assim como você eu não sabia que era uma bruxa até receber a carta. Descobri naquela noite, que meu pai era bruxo, e que ele descendia de uma família italiana de bruxos muito famosa. Te juro Diego não foi eu quem te enviou esta carta, e acredite, ela vai mudar sua vida. Mostre a seus pais e eles saberão te explicar o que está acontecendo. - Ela não podia passar dali, havia falado demais e podia ser sensurada pelos pais do amigo.
- Amanda, não sei o que você pretende com esta história, mas é infantilidade isso...
- Bom Diego já te disse o que sei, agora se me der licensa preciso estudar para a prova de matemática. Graças a Merlim em breve estarei livre destas matérias trouxas! Nos vemos no Beco Diagonal ok?
- Amanda...
- Sem mais meu amigo. Até logo. Vou te levar até a porta.
O garoto foi embora pisando fundo. Aquilo era um absurdo! Rasgou a carta e arremeçou na lixeira do quarto. Pegou o diário e começou a escrever o quanto estava furioso com a amiga. Escrevia com tanta raiva que quase rasga as páginas frágeis do diário e nem percebeu uma coruja marrom em sua janela. Quando enfim, notou-a ele se levantou e se direcionou a janela e a abriu, a coruja entrou farfalhando, e ele percebeu que ela lhe trazia mais uma carta. Pegou a carta que a coruja trazia consigo e fez um carinho na coruja que piou baixinho e saiu pela janela ainda aberta. Rapidamente abriu a carta. O envelope era grosso e pesado, feito de um tipo de pergaminho,identico ao que ele acabara de jogar no lixo.
Seus olhos se encheram de brasas, e ele queria esganar a Amanda, que brincadeira mais infantil era aquela! Ele ia rasgar a carta quando Cassius entrou no quarto dizendo:
- Melhor não fazer isso!
- Me dê um bom motivo.
- Você vai receber outra, e mais outra, enfim... Enquanto você não mandar uma resposta elas continuarão chegando.
- Cassius isto não tem graça! Você também está participando disso?
- Senta Dih, vou te contar a verdade. sou seu amigo, que se dane o que eu prometi para os seus pais.
Enquanto Cassius explicava a verdade para Diego, o garoto ficava maravilhado e ao mesmo tempo estarrecido. Seu melhor amigo havia ingressado em Hogwarts há um ano e nunca lhe contara nada, seus pais achavam que ele era um aborto, seu mundo havia virado de cabeça para baixo. Ele não sabia o que pensar. Bruxo? Eu? Talvez fosse. Era a única explicação para as coisas estranhas que vinham acontecendo com ele.
- Mas Cah e se eu for um aborto?
- Não Dih, se você recebeu a carta é um bruxo.
- Você acha que sou mesmo?
- Acho que é a única explicação!
- Só não sei como falar para os meus pais... Se eles quisessem que eu soubesse teriam me contado. estou com medo Cah! - Nesse momento, Diego entrou em desespero. Minha mãe! Como ela reagiria?
- Vou ir até a casa da Amanda, ela me ligou e pediu ajuda em Matemática. na verdade eu acho que ela está preocupada com você e quer falar comigo. Vamos pensar em algo e te falamos ok? Por hora decida seu destino. só você pode fazer esta escolha.
- Te vejo amanhã, Cah! - O garoto acompanhou o amigo saindo com os olhos e depois desabou na cama. Não tinha forças para escrever no diário. Sentiu uma forte dor de cabeça e nem percebera que meu rosto estava encharcado de lágrimas.
- Então eu vou para Hogwarts? – A idéia de abandonar a escola e amigos não o fazia muito empolgado. Foi quando a dor de cabeça ficou mais forte e ele desmaiou.